Os Efeitos da sarcopenia na Vida dos Idosos
A cada três idosos com mais de 60 anos, aproximadamente um enfrenta problemas relacionados à sarcopenia, caracterizada pela diminuição da massa muscular, força e desempenho físico. Indivíduos com baixa massa magra tendem a se tornar mais vulneráveis e essa condição pode se agravar com a ocorrência de doenças agudas. O impacto negativo na qualidade de vida pode ser atenuado ou adiado com cuidados simples ao longo da vida. “A partir dos 30 anos, a perda de massa muscular se inicia, um processo natural. No entanto, a velocidade dessa perda e seu impacto na qualidade de vida do paciente estão diretamente ligados à quantidade de massa magra que a pessoa possui. Quanto menos massa magra, maior a vulnerabilidade,” explica o Dr. Roberto Miranda, especialista em cardiologia e geriatria.
De acordo com o Dr. Miranda, idosos com uma quantidade saudável de massa magra tendem a se recuperar mais eficientemente de enfermidades como pneumonia, pois o corpo utiliza essa reserva muscular durante o processo de recuperação. Com a saúde estabilizada, esses indivíduos podem retornar rapidamente às suas atividades diárias. “Por outro lado, aqueles com baixa massa magra enfrentam um risco elevado de dependência, uma vez que seu corpo pode não dispor da força necessária para se recuperar totalmente de um estado de doença pontual”, afirma o cardiologista e geriatra.
A Expectativa de Vida e Preparação para o Futuro
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil gira em torno de 77 anos, e cada vez mais pessoas alcançam a marca dos 100 anos. “A questão é: estaremos nos preparando adequadamente para viver mais e melhor?” indaga o Dr. Miranda.
Outro desafio significativo enfrentado pela terceira idade é a osteoporose, uma condição que resulta na perda de tecido ósseo e afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, resultando em aproximadamente um milhão de fraturas anualmente, conforme o Ministério da Saúde. Assim como a sarcopenia, a osteoporose pode ser prevenida ou retardada com ajustes simples no estilo de vida. Isso inclui manter uma rotina ativa, o que significa realizar ao menos 5 mil passos diários ou fazer meia hora de caminhada, além de adotar uma alimentação equilibrada que não restrinja excessivamente, mas que limite alimentos prejudiciais à saúde. A manutenção do equilíbrio emocional também é essencial, evitando-se o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
Suplementação Nutricional: Um Aliado Importante
A suplementação nutricional se mostra um recurso valioso no combate à sarcopenia e à osteoporose, proporcionando nutrientes essenciais que podem não ser adequadamente ingeridos por meio da dieta. A ingestão adequada de proteínas é um ponto crítico, uma vez que muitos idosos não alcançam a quantidade diária recomendada. Os peptídeos de colágeno, por exemplo, são uma excelente fonte proteica, livres de alérgenos como leite, soja e glúten. A combinação balanceada de proteínas, vitaminas, minerais e aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) é fundamental para a síntese muscular, ajudando a prevenir a sarcopenia.
Para a saúde óssea e para combater a osteoporose, a ingestão adequada de cálcio, vitaminas D, K e magnésio é crucial. É importante destacar que os ossos não são formados apenas por cálcio, sendo também fundamental o aporte proteico, bem como as vitaminas D e magnésio. É relevante mencionar o papel da vitamina K2, que atua como transportador de cálcio para os ossos, evitando assim o acúmulo desse mineral em artérias e rins. Existem diversas fontes de cálcio, sendo o Cálcio Citrato Malato um exemplo de melhor absorção pelo organismo em comparação ao carbonato de cálcio.
“Embora não seja uma tarefa fácil, os resultados são claros e respaldados por diversos estudos. Portanto, minha recomendação é: não procrastinem. Comecem agora a fazer a diferença, independentemente da idade”, conclui o Dr. Roberto Miranda.