Aproximadamente 30% dos idosos com mais de 60 anos enfrentam a sarcopenia, uma condição caracterizada pela perda de massa muscular, força e desempenho físico. Essa diminuição na massa magra torna o indivíduo mais vulnerável e pode ser intensificada pela ocorrência de doenças agudas, comprometendo ainda mais a qualidade de vida. O processo de perda muscular começa por volta dos 30 anos e, embora seja uma parte natural do envelhecimento, a velocidade com que isso acontece e seu impacto na saúde estão diretamente relacionados à quantidade de massa magra que a pessoa mantém. Quanto menor a quantidade de massa muscular, maior o risco de complicações sérias, como explica o Dr. Roberto Miranda, especialista em cardiologia e geriatria.
O médico enfatiza que idosos com uma quantidade adequada de massa magra tendem a se recuperar com mais facilidade de enfermidades, como pneumonia, pois seu organismo utiliza essa reserva muscular para auxiliar na recuperação. Com a saúde estabilizada, essas pessoas ainda dispõem de massa muscular suficiente para retomar suas atividades cotidianas. Em contraste, aqueles com pouca massa magra enfrentam um aumento significativo no risco de dependência, já que podem não ter a força necessária para se reabilitar completamente após uma doença específica.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacam que a expectativa de vida dos brasileiros está em torno de 77 anos, com um número crescente de pessoas alcançando e até superando a marca dos 100 anos. No entanto, o Dr. Miranda questiona se essas pessoas estão realmente se preparando para viver de forma saudável e ativa à medida que envelhecem.
Outro desafio importante para a saúde da população idosa é a perda de densidade óssea, que pode levar à osteoporose. De acordo com o Ministério da saúde, cerca de 10 milhões de brasileiros são afetados por essa condição, resultando em aproximadamente 1 milhão de fraturas anualmente. Esses problemas podem ser mitigados ou adiados por meio de mudanças simples no estilo de vida, como manter uma rotina ativa — o que implica caminhar pelo menos 5 mil passos diariamente ou realizar meia hora de exercícios físicos. Uma alimentação balanceada, que não exclua grupos alimentares, mas que reduza o consumo de itens prejudiciais à saúde, é igualmente essencial. Além disso, o equilíbrio emocional é crucial para evitar que o corpo sofra as consequências do estresse, assim como a moderação no consumo de álcool e a abstinência do tabaco.
A suplementação nutricional desempenha um papel fundamental na prevenção da sarcopenia e osteoporose, ao fornecer nutrientes essenciais que muitas vezes não são suficientes na dieta convencional. A ingestão adequada de proteínas, frequentemente abaixo dos níveis recomendados, é um aspecto crítico a ser considerado. Os peptídeos de colágeno, por exemplo, são uma excelente fonte de proteína, isenta de alérgenos como leite, soja e glúten. Uma combinação equilibrada de proteínas, junto com vitaminas, minerais e aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs), é indispensável para a síntese muscular e ajuda na prevenção da sarcopenia.
Para garantir a saúde óssea e combater a osteoporose, é necessário consumir quantidades adequadas de cálcio, além de vitaminas D, K e magnésio. É importante lembrar que os ossos não são formados apenas por cálcio; portanto, a ingestão de proteínas, vitamina D e magnésio, bem como o papel da vitamina K2 no transporte do cálcio para os ossos, são fundamentais. Essa ação evita que o cálcio se acumule nas artérias e rins, que pode ser prejudicial à saúde. O Cálcio Citrato Malato, por exemplo, é uma forma de cálcio que apresenta melhor absorção no organismo do que o carbonato de cálcio.
Embora implementar todas essas recomendações possa parecer desafiador, os benefícios são evidentes e respaldados por diversos estudos. O Dr. Roberto Miranda conclui sua orientação com um chamado à ação: “Não procrastine. Comece hoje mesmo a fazer a diferença em sua vida, independentemente da sua idade.” Essa mensagem ressalta a importância de adotar um estilo de vida saudável e ativo, promovendo não apenas a longevidade, mas também a qualidade de vida na terceira idade.