Ações da PF e detalhes da Operação Paroxismo
A Polícia Federal deflagrou, na manhã de quarta-feira, 3 de setembro, a Operação Paroxismo, com foco em uma investigação que apura fraudes em licitações relacionadas ao hospital Geral Municipal (HGM) de Macapá. O caso, que estourou como um verdadeiro alvoroço entre os moradores da capital do Amapá, é descrito na comunicação oficial da PF como uma ação que visa desmantelar um esquema de corrupção envolvendo desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
As investigações começaram após denúncias que indicavam irregularidades na concorrência pública organizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Macapá. Com a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão na cidade e dois em Belém, no Pará. As apurações revelam indícios de um sistema criminoso que teria favorecido certas empresas, possibilitando o direcionamento da licitação e resultando no desvio de aproximadamente R$ 9 milhões em recursos públicos.
O hospital Geral Municipal de Macapá
Leia também: Operação Paroxismo: Polícia Federal Investiga Fraude em Licitação do Hospital de Macapá
Leia também: Operação Paroxismo: Polícia Federal Investiga Fraude em Licitação do Hospital de Macapá
O hospital Geral Municipal, cujo projeto foi apresentado como um grande avanço para a saúde pública da região, está situado no bairro Boné Azul, na zona norte de Macapá. O complexo, que abrigará uma maternidade, está sendo construído com um investimento de R$ 70 milhões, provenientes de emendas parlamentares e do Tesouro Municipal.
A proposta arquitetônica do HGM conta com três andares e mais de 12 mil metros quadrados de área construída, com capacidade para 176 leitos. Durante o evento de lançamento das obras em março de 2024, o prefeito Antônio Furlan destacou a importância do novo hospital e a expectativa de que a maternidade possa realizar até 420 partos mensais quando estiver em operação.
Investigados e possíveis implicações
Leia também: Operação Paroxismo: Polícia Federal Investiga Fraude em Licitação do Hospital de Macapá
Leia também: Operação Paroxismo: Polícia Federal Investiga Fraude em Licitação do Hospital de Macapá
Entre os investigados está o prefeito Antônio Paulo de Oliveira Furlan, que desde 2020 ocupa o cargo e foi reeleito em 2024 com uma votação expressiva, superando 85% dos votos válidos. Natural de San José, na Costa Rica, Furlan se formou em medicina pela Universidade Federal do Pará e tem uma trajetória política que começou em 2010. Sua ascensão inclui a passagem por cargos legislativos locais até a prefeitura de Macapá.
As revelações sobre o esquema de corrupção e os mandados de busca foram recebidos com surpresa pela população, que agora busca respostas sobre o futuro das obras do HGM. Em meio a essa situação delicada, a administração municipal enfrenta críticas e questionamentos sobre a condução dos recursos públicos e as garantias de transparência nas obras.
O impacto na saúde pública de Macapá
Leia também: Líder Indígena do Acre Indiciado por Estupro Mediante Fraude Após Denúncia de Turista Chilena
A construção do hospital Geral Municipal e da maternidade representa uma tentativa de sanar antigas carências no sistema de saúde pública da cidade. Com a promessa de melhorar o atendimento à população, o projeto esperava transformar o cenário da saúde em Macapá, que historicamente enfrenta desafios significativos. No entanto, com a Operação Paroxismo em andamento, o futuro dessas iniciativas se torna incerto.
O investimento em saúde pública é fundamental, e a população de Macapá aguarda ansiosamente não apenas a conclusão das obras, mas também a responsabilização de quaisquer envolvidos em atos ilícitos. A continuidade e a eficácia do sistema de saúde local dependem não só de melhorias físicas, mas também de uma gestão ética e transparente.