Fim do Tarifaço: Um Marco nas Relações Brasil-EUA
Em uma declaração significativa na véspera de Natal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou o desafio inédito que o Brasil enfrentará em 2025: o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Lula enfatizou a importância do diálogo e da fraternidade, afirmando que seu governo não hesitou em defender a soberania nacional. “Apostamos na diplomacia, protegemos nossas empresas e evitamos demissões. Nossa soberania e nossa democracia saíram vencedoras e o povo brasileiro venceu”, destacou o líder brasileiro durante sua fala.
O presidente também anunciou que, através de negociações, foi possível acordar o fim do tarifaço e celebrou a abertura de 500 novos mercados para os produtos brasileiros neste dezembro. O tarifaço implementado pelo ex-presidente Donald Trump teve início em 2 de abril, data que ele chamou de “Dia da Libertação”. Naquela ocasião, uma alíquota de 10% foi aplicada sobre uma série de produtos brasileiros, criando um impacto significativo no comércio bilateral. Em julho, Trump reforçou suas críticas ao Brasil, afirmando que o país estava se comportando de maneira “muito ruim” e ameaçou aumentar a tarifa para 50% a partir de agosto.
Esses movimentos resultaram em uma retração no comércio entre as duas nações e aumentaram as tensões políticas, especialmente com a falta de comunicação efetiva entre os governos. No entanto, a dinâmica começou a mudar após a Assembleia Geral da ONU, onde Lula e Trump se encontraram. Durante esse encontro, o presidente norte-americano mencionou ter sentido uma “química excelente” com o líder brasileiro. Desde então, as interações entre os dois se intensificaram, com reuniões e telefonemas que abordaram temas variados, desde comércio até o combate ao crime organizado.
Em um desdobramento favorável ao Brasil, em novembro, Trump anunciou a redução do tarifaço para uma gama de produtos agrícolas originários brasileiros, sinalizando um possível descongelamento nas relações comerciais. Esse movimento, além de ser um alívio para os exportadores brasileiros, também reflete a capacidade do governo Lula de mediar questões complexas no cenário internacional, reforçando a imagem do Brasil como um player relevante nas conversações globais.
