Coletiva de Videoarte no Museu da Imagem e do Som
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), situado no Centro Integrado de Cultura (CIC), está com a exposição “Entre Águas e Terras, Margens Tecnológicas”, que ficará em cartaz até 2 de fevereiro de 2026. Essa coletiva de videoarte, que conta com a participação de artistas brasileiros e argentinos, aborda de forma crítica as questões ambientais e os diferentes modos de existir. A visitação é gratuita e ocorre de terça a domingo, das 10h às 21h.
Os curadores, Eneleo Alcides, Mário Oliveira, Nara Cristina Santos, Raul Antelo e Rosangela Cherem, enfatizam que “muitos de nós ainda não desistimos de pensar sobre este espaço que repartimos com outras espécies, interrogando nosso papel como a espécie mais ameaçadora que habita sob este céu e sobre esta terra.” Eles ressaltam a urgência de se responder à crise ambiental, que inclui o degelo das calotas polares e a degradação dos solos e ecossistemas florestais. A exposição destaca a sensibilidade dos artistas em relação a esses temas prementes, refletindo sobre a condição da existência humana em um planeta em transformação.
O evento reúne obras de 15 artistas e duplas, provenientes de diversas regiões do Brasil e da Argentina. Entre os participantes, estão nomes como Carol Berguer, Clara Fernandes, Damián Anache, Eneléo Alcides, Fernando Codevilla e o coletivo FRAD, formado por Florencia Rugiero e Andrés Denegri. Outros artistas em destaque são Lucas Bambozzi, Luciana Petrelli, Malen Otaño e Suyai Otaño, além de Mario Oliveira, Michele Monteiro, Raquel Stolf, Helder Martinovsky, Sara Ramos, Val Sampaio e Mariano Klautau Filho, Tirotti e Yara Guasque.
A proposta da exposição é instigar o público a refletir sobre as interações entre a humanidade e o meio ambiente, utilizando a videoarte como meio de expressão para transmitir essas preocupações. Os trabalhos apresentados vão além de meras representações visuais, buscando provocar um diálogo crítico sobre as relações que estabelecemos com a natureza e a tecnologia. Para os curadores, esta é uma oportunidade de conectar arte e ativismo, abordando questões que devem estar no centro das discussões contemporâneas.
Assim, a mostra “Entre Águas e Terras, Margens Tecnológicas” se torna não apenas um espaço de apreciação artística, mas também um chamado à ação. Ao explorar as tensões entre as forças naturais e as criações tecnológicas, os artistas oferecem um panorama que reflete as complexidades do mundo atual. Em um momento em que as crises ambientais se intensificam, a exposição se posiciona como um importante ponto de reflexão e conscientização.
