**A Evolução do Globo repórter: Uma Jornada de Inovação e Compromisso com a Informação**
Desde sua estreia em 3 de abril de 1973, às 23h, o Globo repórter tem sido um pilar da programação televisiva brasileira. Inicialmente apresentado como parte da “Terça Global”, o programa surgiu com a proposta de oferecer uma análise detalhada dos eventos mais relevantes do cenário nacional e internacional que não puderam ser abordados nos telejornais devido à limitação de tempo. A primeira edição do programa abordou uma variedade de temas, incluindo as eleições na Argentina, Uruguai e Chile, a luta dos índios Oglala Sioux, além de destacar o piloto Emerson Fittipaldi e as vibrantes escolas de samba.
Em 10 de junho de 1982, o Globo repórter passou por uma transformação significativa ao exibir sua primeira reportagem completamente gravada e editada em fita. Sob a batuta do repórter José Hamilton Ribeiro, a edição inaugural dessa nova fase se concentrou na garimpagem em Serra Pelada, onde cerca de 20 mil homens de diferentes partes do brasil buscavam o sonho do enriquecimento rápido.
A evolução do programa continuou em 1983, quando Robert Feith, correspondente da Rede Globo em Londres, assumiu a função de editor-chefe e trouxe um novo enfoque, introduzindo repórteres especiais que também contribuíam para os telejornais da emissora. Essa mudança não apenas ampliou a diversidade das reportagens, mas também solidificou a identidade do Globo repórter como um espaço de investigação e reflexão.
O ano de 1984 marcou uma nova conquista para o programa com a reportagem sobre o deputado Mário Juruna, escrita por Fernando Gabeira. A jornada de Juruna, desde sua infância na tribo xavante até sua atuação política no Congresso Nacional, foi registrada de forma envolvente e profunda, resultando em um prêmio no Festival Internacional de Televisão em Sevilha, Espanha.
Com a proposta de reportagens mais longas, o Globo repórter iniciou uma nova fase em 20 de março de 1986. Sob a direção de Jotair Assad e com a participação de Pedro Bial, o programa apresentou um olhar profundo sobre a rica cultura e as lendas do povo do Rio São Francisco, oferecendo aos telespectadores uma experiência única e imersiva.
Nos anos seguintes, o programa continuou a abordar questões sociais e de relevância pública. Em 12 de abril de 1991, uma reportagem impactante sobre a violência no Pará, dirigida por Jotair Assad, garantiu o Prêmio Rei de Espanha em 1992, evidenciando o compromisso do Globo repórter com a verdade e a justiça social. Em 1993, uma mudança na abordagem editorial resultou na adoção de um único tema por edição, permitindo uma exploração mais profunda e eficaz de cada assunto. Essa estratégia se mostrou frutífera, culminando em reportagens que abordavam desde a tragédia da atriz Daniela Perez até a violência contra a mulher no brasil.
A mudança de comando em 1995 trouxe Silvia Sayao como nova coordenadora editorial, após a saída de Jorge Pontual para Nova York. Sob sua liderança, o programa continuou a se destacar, apresentando reportagens impactantes, como a que revelou o desaparecimento de presos políticos, uma reportagem que rendeu o Prêmio Caixa Econômica Federal de Jornalismo Social.
Em 1996, o Globo repórter trouxe à tona a manipulação de informações sobre o atentado ao Riocentro, resultado de uma investigação meticulosa que envolveu mais de 50 entrevistas. Isso não apenas reforçou o compromisso do programa com a verdade, mas também lhe rendeu o Prêmio Vladmir Herzog na categoria de reportagem na TV.
Com a crescente audiência das classes C e D, o Globo repórter adaptou seu conteúdo para atrair um público mais amplo, abordando temas relacionados à natureza e ecologia, como demonstrado em reportagens sobre a Chapada dos Guimarães. Essa mudança não apenas diversificou o conteúdo, mas também consolidou a relevância do programa na televisão brasileira.
Em 2003, o programa celebrou seu 30º aniversário com uma edição especial que envolveu a participação ativa dos telespectadores, destacando como reportagens inspiradoras transformaram vidas. Dois anos depois, em 2005, o Globo repórter comemorou os 40 anos da TV Globo, apresentando os bastidores da emissora e o trabalho incansável dos jornalistas.
O cenário do programa foi modernizado em 2008, quando o Globo repórter completou 35 anos, trazendo uma nova proposta interativa, onde o público teve a oportunidade de escolher os temas das reportagens. Em 2010, a renomada repórter Glória Maria se juntou à equipe, explorando lugares fascinantes como Brunei.
Finalmente, em 2013, o programa celebrou seus 40 anos com uma série de edições especiais, incluindo uma viagem ao Vietnã, destacando sua capacidade contínua de se reinventar e se conectar com seu público. Ao longo de sua trajetória, o Globo repórter se consolidou como uma referência em jornalismo investigativo e de qualidade, sempre pronto para abordar temas relevantes e impactantes. Conheça mais sobre a história do Globo repórter e suas contribuições para o jornalismo no brasil e no mundo.