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Amapá: Transformação e Justiça Ambiental em Uma Oportunidade Histórica

julho 4, 2025 Cultura
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O potencial sustentável do Amapá na exploração da Margem Equatorial
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Oportunidades de Sustentabilidade no Amapá

Por Josiel Alcolumbre – Presidente do Sebrae Amapá e Suplente de Senador

Embora o debate sobre a exploração petrolífera na Margem Equatorial se concentre nos riscos ambientais, uma análise estratégica revela uma chance singular para reposicionar o Amapá no cenário nacional e internacional. Ao invés de seguir o padrão de dependência dos combustíveis fósseis, o estado pode utilizar os royalties como um trampolim para uma transformação sem precedentes em direção a uma economia sustentável. O Amapá já se destaca como um dos territórios mais comprometidos com a sustentabilidade global, e merece ser reconhecido e compensado por isso.

O Amapá possui ativos naturais excepcionais que o diferenciam de outras regiões brasileiras: aproximadamente 73,5% de seu território preservado, 95% de cobertura florestal primária protegida, vasto potencial para energia renovável e um litoral estratégico com mais de 600 quilômetros. Mais relevante ainda, o estado já é carbono negativo, uma meta que o mundo busca alcançar até 2050.

Um Modelo de Desenvolvimento Sustentável

Com áreas indígenas demarcadas e protegidas, juntamente com um plano de governança consolidado, o Amapá cumpriu seu dever de casa ambiental. Enquanto outras regiões ainda discutem políticas de sustentabilidade, aqui elas são praticadas há décadas. O resultado é um modelo de desenvolvimento que respeita os limites ecológicos e os direitos das comunidades tradicionais.

Essa condição exemplar proporciona ao Amapá uma autoridade moral e técnica para propor uma nova abordagem no uso dos recursos energéticos da Margem Equatorial. Não se trata de abandonar princípios ambientais, mas de utilizá-los como alicerce para uma estratégia de desenvolvimento que possa servir de exemplo para o mundo.

A bioeconomia é uma possibilidade concreta para o Amapá. O estado já possui experiência em aproveitamento sustentável da biodiversidade, desde a produção de açaí orgânico certificado até o desenvolvimento de fármacos e cosméticos a partir de plantas amazônicas. A cadeia produtiva do açaí, por exemplo, movimenta milhões de reais anualmente e emprega milhares de famílias, mantendo a floresta em pé.

Aquicultura e Manejo Florestal como Exemplos de Sucesso

O Amapá se destaca também pela aquicultura sustentável, com projetos de criação de peixes nativos que respeitam os ciclos naturais e geram renda para as comunidades ribeirinhas. Além disso, nossa experiência em manejo florestal comunitário é reconhecida internacionalmente, com certificações que atestam a qualidade ambiental e social de nossos produtos madeireiros.

Os recursos provenientes do petróleo poderiam acelerar e expandir essa base sólida, financiando a criação de um ecossistema integrado de economia verde. Isso incluiria a bioeconomia amazônica, produtos de alto valor da biodiversidade, economia azul no litoral, aproveitando nosso potencial pesqueiro, e um robusto parque de energia limpa, explorando o potencial eólico, solar e de biomassa.

Modelo Norueguês de Gestão de Recursos

Seguindo o exemplo da Noruega na gestão de recursos petrolíferos, o Amapá poderia estabelecer fundos específicos voltados para pesquisa e desenvolvimento em tecnologias verdes. Dessa forma, centros de excelência em biotecnologia tropical, hidrogênio verde e aquicultura sustentável poderiam ser criados.

Essa abordagem transformaria recursos finitos em capacidades permanentes de inovação, aproveitando o conhecimento tradicional das comunidades locais — um patrimônio imaterial valioso — e a infraestrutura institucional já estabelecida para a gestão territorial sustentável. Nossas universidades e institutos de pesquisa desenvolvem trabalhos de ponta em biotecnologia amazônica e, com os recursos adequados, podem se tornar referências mundiais.

Uma Questão de Justiça Ambiental

Imagine centros de pesquisa que unam o conhecimento milenar dos povos da floresta com tecnologia de ponta. Visualize laboratórios de hidrogênio verde utilizando nossa abundante energia solar e hídrica, gerando uma indústria limpa capaz de abastecer não apenas o Brasil, mas toda a América do Sul.

Infelizmente, estados como o Amapá enfrentam desafios devido à lógica dos fundos ambientais de doadores internacionais, que favorecem projetos de recuperação em regiões que devastaram seus biomas. Essa lógica premia quem destruiu e agora busca restaurar, desprezando aqueles que sempre preservaram. O Amapá, ao manter 95% de suas florestas primárias intactas, frequentemente não se encaixa nos critérios desses fundos, que priorizam projetos de ‘impacto’ medido pela recuperação de áreas degradadas.

A exploração responsável da Margem Equatorial, com royalties destinados a consolidar nossa vocação sustentável, representa uma forma legítima de compensação pelos serviços ambientais que oferecemos ao planeta. Essa proposta não é apenas econômica; é uma questão de justiça ambiental e geopolítica.

Uma Nova Era de Sustentabilidade

Dentro de uma década, o estado do Amapá poderia passar de uma economia periférica para a liderança regional em sustentabilidade, exportando não apenas produtos verdes, mas também conhecimento e soluções inovadoras para toda a região Amazônica. Nesse contexto, a exploração das reservas energéticas da Margem Equatorial não contradiz nossos valores ambientais; pelo contrário, é uma oportunidade histórica de financiar e acelerar nossa consolidação como referência mundial em sustentabilidade.

Com projeções de arrecadação de royalties que podem chegar a centenas de milhões de reais anuais, teríamos recursos suficientes para investimentos em larga escala que poderiam transformar radicalmente nossa economia. Assim, o petróleo da Margem Equatorial se tornaria mais do que uma commodity extrativa; ele seria o motor de uma revolução verde no Amapá, consolidando nossa posição como o primeiro estado verdadeiramente sustentável do Brasil e um modelo de desenvolvimento responsável para o mundo. Esta é a nossa chance histórica de liderar pelo exemplo, mostrando que o futuro da humanidade depende de aprendermos a viver em harmonia com a natureza — algo que nós, no Amapá, já sabemos fazer.

bioeconomia exploração petrolífera sustentabilidade

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