Iniciativa Pioneira em Oiapoque
Frente à crescente ameaça da vassoura-de-bruxa, provocada pelo fungo Rhizoctonia theobromae, uma ação inovadora foi implementada em comunidades indígenas no Oiapoque, no Amapá. Desde dezembro, produtores rurais e pesquisadores têm trabalhado juntos para testar a resistência de 200 genótipos de mandioca. Esta colaboração é respaldada por instituições como a Embrapa Amapá e a FAEPA (Federação da Agricultura e Pecuária do Pará), que buscam reforçar a produção da mandioca, um alimento essencial para a região.
A união de esforços entre as entidades envolvidas visa proteger a cadeia produtiva da mandioca contra perdas que afetam tanto a economia quanto a cultura local. As ações adotadas incluem o monitoramento de áreas críticas e um controle rigoroso do transporte de materiais vegetais, mesmo em locais que ainda não registram a presença da doença.
Cooperação entre Instituições e Produtores
A coordenação do experimento fica a cargo da EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, em parceria com a Embrapa Amapá, o Instituto Rurap e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro). Essas organizações estão empenhadas em garantir que as estratégias de proteção sejam eficazes e que a saúde das lavouras seja mantida.
O diretor da FAEPA, Benedito Dutra, ressalta a importância da federação em atuar como facilitadora entre os órgãos de fiscalização e os agricultores locais. A FAEPA tem promovido reuniões técnicas e eventos educativos que têm sido cruciais para a implementação de ações de prevenção fitossanitária.
Ciencia e Sustentabilidade na Produção Agrícola
A integração do conhecimento técnico da Embrapa com as práticas de vigilância, realizadas pela Adepará/Sedap e a articulação institucional da FAEPA, reforça a ideia de que a ciência aplicada no campo é fundamental para garantir a sustentabilidade da produção agrícola e a segurança alimentar na Amazônia.
Entendendo a Vassoura-de-Bruxa
Recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclareceu que a praga conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca não deve ser confundida com a vassoura-de-bruxa do cacaueiro. Esta enfermidade, oficialmente identificada em julho de 2024 no Amapá, é considerada uma nova ameaça e, embora seja devastadora para as plantações de mandioca, não representa riscos à saúde humana. Portanto, a vigilância e a pesquisa contínua são essenciais para mitigar os impactos dessa praga nas lavouras locais.
