Investimentos que Fazem a Diferença
No último sábado (20), o Ministério da Saúde anunciou um significativo investimento para fortalecer a rede hospitalar do Rio Grande do Sul. Dentre os principais pontos, destaca-se a inauguração de 23 novos leitos no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), a ampliação da assistência especializada, a implementação do terceiro turno para realização de cirurgias e exames e o lançamento de novas obras estruturantes. O total de investimentos ultrapassa R$ 400 milhões e terá um impacto direto na ampliação do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante a agenda em Porto Alegre, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que essas ações fazem parte da estratégia do governo federal para reduzir filas e aumentar o acesso a procedimentos especializados, além de modernizar a infraestrutura hospitalar. “Hoje, o governo do presidente Lula anuncia um pacote de mais de R$ 400 milhões para a rede hospitalar, abrangendo não apenas Porto Alegre, mas outras cidades do Rio Grande do Sul. A primeira parte desse pacote é no Grupo Hospitalar Conceição, com mais de R$ 200 milhões do Novo PAC para a construção do novo GHC”, declarou Padilha.
Modelo Inédito de Atendimento
Na mesma cerimônia, o ministro assinou um acordo com o Hospital Universitário de Canoas e a Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, criando um modelo inovador de prestação de serviços no SUS. Através do programa “Agora Tem Especialistas”, o GHC contratará temporariamente equipes médicas e colocará em funcionamento estruturas hospitalares ociosas para realizar ações em formato de mutirão, ampliando assim a oferta de procedimentos especializados.
Padilha também esteve presente na solenidade de início das obras do Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (CADT), que promete realizar mais de 700 mil exames e procedimentos anualmente. As obras estão previstas para começar em janeiro de 2026, com um investimento de R$ 230 milhões do Novo PAC Saúde. “O novo prédio terá nove andares, concentrando exames de imagem como ressonância, tomografia e ultrassom. O GHC deverá registrar um número recorde este ano, com mais de 4 milhões de exames e procedimentos. Quando o centro estiver concluído, a expectativa é realizar mais 700 mil exames e procedimentos anualmente com uma estrutura moderna e digna para trabalhadores e pacientes”, explicou o ministro.
Expectativas de Atendimento na Região
Com a inclusão do Hospital Universitário de Canoas ao programa, estima-se que mais de 1.600 procedimentos cirúrgicos sejam realizados mensalmente para atender a região metropolitana de Porto Alegre. Em São Lourenço do Sul, o planejamento prevê até 180 procedimentos mensais, totalizando cerca de 1.800 cirurgias a cada mês. As especialidades oferecidas incluem cirurgia geral, vascular, dermatológica, urológica, oftalmológica e ginecológica, todas alinhadas às necessidades regionais e à capacidade dos prestadores habilitados.
Os hospitais escolhidos foram selecionados por sua capacidade de ampliar a oferta, disponibilizando suas estruturas para a realização de cirurgias e outros procedimentos. Essa iniciativa representa um avanço na política pública de saúde, promovendo a integração entre União, Estados, Municípios e instituições de saúde, com foco na eficiência do sistema e na redução do tempo de espera da população por tratamentos especializados e humanizados.
Ampliação de Serviços e Inovação em Tratamentos
A seleção das regiões metropolitana de Porto Alegre e Sul do Rio Grande do Sul foi baseada em critérios epidemiológicos e assistenciais, considerando que a primeira concentra as maiores filas cirúrgicas do estado, enquanto a segunda apresenta maiores demoras na realização de cirurgias e procedimentos eletivos. O GHC será responsável por contratar empresas que forneçam profissionais, equipamentos e insumos necessários para otimizar a capacidade ociosa dos hospitais, garantindo segurança e eficiência em todo o processo.
O novo Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia do GHC, com mais de 19 mil metros quadrados, oferecerá acesso a exames e procedimentos especializados, incluindo exames de imagem e hemodinâmica. O centro terá a capacidade de realizar 500 mil análises clínicas e 93 mil exames de imagem anualmente, além de 18 mil terapias e 10 mil coletas de sangue, entre outros procedimentos.
