Técnica Inovadora para Recuperar Lavouras
Com o objetivo de combater a vassoura-de-bruxa, um fungo que danifica os galhos e compromete o crescimento das plantas, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) está adotando abordagens tecnológicas e formando parcerias com agricultores locais. Desde 2023, a doença tem afetado 10 municípios no estado, representando uma séria ameaça a uma das culturas mais tradicionais da região.
A técnica de clonagem de mudas, utilizada pelo Iepa, permite a recuperação de plantas que estejam livres da praga vassoura-de-bruxa. Isso não apenas garante uma maior produtividade, mas também ajuda a preservar a diversidade genética, mantendo as características que são apreciadas pelos agricultores da região.
Detalhes da Pesquisa e Seus Benefícios
A pesquisa teve início em maio de 2023 e foca na clonagem in vitro da mandioca. Com esse método, uma única planta pode dar origem a várias mudas com as mesmas qualidades e segurança. Além disso, a iniciativa visa fortalecer as raízes da mandioca, tornando-as mais robustas e resistentes à ação devastadora da vassoura-de-bruxa.
Essas melhorias resultam em lavouras mais saudáveis, reduzindo as perdas e oferecendo uma alternativa viável para frear a disseminação da doença. A abordagem vai além da simples clonagem; ela busca garantir que as novas plantas se desenvolvam de forma a resistir aos desafios impostos pela praga.
Resultados Promissores no Campo
O município de Cutias do Araguari foi o pioneiro a receber as experiências de clonagem, devido à sua grande área de produção agrícola. Os resultados obtidos até agora têm gerado expectativas animadoras tanto para os pesquisadores do Iepa quanto para os agricultores locais.
Os agricultores da comunidade têm colaborado ao disponibilizar áreas de cultivo e monitorar o desempenho das plantas clonadas. De acordo com o Iepa, já existem relatos de produtores obtendo colheitas de até 60 toneladas de mandioca por hectare, um número bastante expressivo que demonstra o potencial da técnica.
Essa colaboração entre ciência e prática agrícola está se mostrando essencial para enfrentar os desafios impostos pela vassoura-de-bruxa no Amapá. Assim, a pesquisa não apenas propõe soluções tecnológicas, mas também promove a interação entre os especialistas e a comunidade agrícola, fortalecendo a luta contra essa praga indesejada.
O esforço conjunto entre o Iepa e os agricultores reflete um modelo de cooperação que pode ser replicado em outras regiões afetadas por pragas semelhantes. Com a aplicação dessas técnicas inovadoras, espera-se não apenas recuperar as lavouras, mas também revitalizar a produção agropecuária no Amapá.
