Hospital de Emergência Alberto Lima: Nova Enfermaria de Hemodiálise Aumenta Capacidade de Atendimento Urgente

Uma Nova Era para pacientes renais

O Hospital de Emergência de Macapá acaba de inaugurar uma enfermaria dedicada ao atendimento de emergência para pacientes renais, equipada com máquinas de hemodiálise de última geração. Essa instalação é um importante passo do Governo do Amapá na qualificação do sistema público de saúde, permitindo que pacientes renais crônicos (PRCs) recebam atendimento imediato sem a necessidade de deslocamento para outras unidades. Dessa forma, a nova enfermaria se torna fundamental para aqueles que chegam em situações críticas.

Localizada no interior do Hospital de Emergência, a nova enfermaria conta com quatro leitos, todos dotados de modernas máquinas portáteis de hemodiálise. Essa estrutura inovadora possibilita a realização do procedimento diretamente na unidade, evitando o transporte dos pacientes para o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), onde está situada a Clínica de Nefrologia. Rinaldo Martins, secretário adjunto da Saúde do estado, informou que em casos mais sérios, como os que exigem cuidados semi-intensivos na Sala Vermelha, as máquinas são levadas até o leito, o que minimiza riscos e acelera o atendimento.

Atendimento Avançado e Rápido

Com essa enfermaria, o Hospital de Emergência se torna a primeira unidade de pronto atendimento no estado a fornecer hemodiálise em regime de beira leito. Anteriormente, esse tipo de atendimento só era disponibilizado na unidade de nefrologia do Hcal. A nova estrutura não apenas oferece maior agilidade, mas também mais segurança aos pacientes que chegam com quadros graves relacionados à insuficiência renal aguda ou complicações de doenças renais crônicas.

A nefrologista Gracilene Lobato expressou sua satisfação com a iniciativa do governo. “A necessidade e urgência desse serviço são cada vez mais evidentes, principalmente considerando o aumento do número de pacientes que necessitam de atendimento dialítico, tanto agudo quanto crônico. As unidades de saúde emergenciais precisam estar preparadas para essa demanda”, declarou.

A prestação do serviço na nova enfermaria teve início no dia 12 de junho, e em apenas seis dias, aproximadamente 30 pacientes já foram atendidos diretamente no Hospital de Emergência. A agilidade oferecida por essa nova estrutura é uma mudança significativa para o tratamento de insuficiências renais agudas ou complicações que exigem uma resposta rápida.

Expansão dos Serviços de Saúde

A Secretaria de Saúde do Amapá planeja expandir esse serviço inovador para outras unidades, como o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), o Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte. A enfermaria do HE será coordenada pela Clínica Uninefro, que disponibiliza uma equipe composta por técnicos de enfermagem, enfermeiros, nefrologistas e cirurgiões vasculares, garantindo assim um atendimento completo e especializado.

Atualmente, o Hospital de Emergência atende, em média, oito pacientes diários com complicações renais, um número que, segundo os médicos, justifica a criação de um serviço permanente e bem estruturado. Manoel Martins, diretor do hospital, mencionou que outras unidades da federação já oferecem serviços de hemodiálise móvel e que o governo estadual está em busca de expandir ainda mais essa assistência através de unidades móveis de saúde.

A instalação da nova enfermaria está alinhada aos esforços do governo para fortalecer o sistema de saúde pública no Amapá, com investimentos significativos em infraestrutura e ampliação de serviços essenciais, especialmente diante do aumento da demanda por esses atendimentos.

Com essa nova enfermaria, o Hospital de Emergência não apenas amplia sua capacidade de resposta a situações emergenciais, mas também se consolida como uma referência em atendimento de alta complexidade no Amapá. Contudo, ainda falta discutir a implementação de programas cruciais como o Programa de Transplante de Órgãos e o Programa de Doação de Órgãos, que são fundamentais para a vida de muitos pacientes renais.

A hemodiálise, embora uma solução temporária para os pacientes renais crônicos, não substitui a função dos rins. O tratamento via hemodiálise ou diálise peritoneal é vital, mas a verdadeira solução para esses pacientes está no transplante de órgãos, algo que ainda não foi abordado nas recentes iniciativas do governo. Dada a gravidade da situação, a necessidade de atenção a essa questão é urgente e inadiável.