Uma Viagem ao Passado e os Desafios do Presente
Rodolfo Juarez, aos 79 anos, recorda momentos marcantes de sua vida, incluindo sua trajetória como engenheiro civil e a paixão pelo futebol. Em 1971, após conquistar seu diploma na Universidade Federal do Pará, ele começou a trabalhar como responsável técnico na Construtora Brasileira de Engenharia e Comércio Ltda. Entre as atividades profissionais, dedicava-se também aos jogos de futebol da empresa, onde interagia com colegas de diferentes funções, como pedreiros e eletricistas. Um episódio memorável ocorreu em agosto de 1973, quando enfrentou o time do “seu” Curinga, um empresário local. Durante uma disputa acirrada por uma bola, o peso do adversário resultou em uma queda que causou uma distensão, limitando seu desempenho esportivo até o final do ano.
Recentemente, em 25 de junho, enquanto voltava para o escritório sob uma leve chuva, Rodolfo sofreu outro incidente. Ao tentar atravessar para a calçada, escorregou e, ao cair, percebeu que havia se estirado novamente. Este tipo de lesão, conhecido como distensão muscular, geralmente ocorre quando os músculos são forçados além de seus limites, provocando dor e dificuldade de movimentação. Para Rodolfo, a experiência trouxe à tona não apenas a dor física, mas também uma reflexão sobre a fragilidade que vem com a idade.
A Natureza das Distensões Musculares
As distensões podem ser categorizadas em três graus. O grau I refere-se a lesões leves, com rompimento mínimo de fibras musculares e dor leve. O grau II envolve distensões moderadas, onde uma quantidade maior de fibras é afetada, causando dor mais intensa e movimentos limitados. Já o grau III representa lesões severas, com ruptura total das fibras e dor severa, resultando em mobilidade quase nula. Rodolfo, após sua queda, percebeu que seu corpo, com 79 anos, não tinha mais a mesma resistência da juventude. A dor intensa que sentia tornou-se um lembrete constante de sua condição física.
Após o acidente, Rodolfo decidiu procurar um médico e agora é acompanhado pela fisioterapeuta Nádia Guimarães, que o orienta sobre os exercícios e a recuperação. O tratamento envolve repouso, aplicação de gelo, compressão com bandagem elástica, além de fisioterapia. É essencial que pacientes sigam um plano de cuidados que inclua a ingestão de analgésicos e anti-inflamatórios, aquecimento e alongamento sempre que possível. Rodolfo observa que manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é fundamental para a saúde dos músculos e para auxiliar na recuperação, embora enfrente limitações devido à sua condição renal, que restringe a ingestão de líquidos.
Reflexões sobre o Envelhecimento e a Atividade Física
O relato de Rodolfo serve como um alerta sobre a importância de se cuidar à medida que a idade avança. “Com 79 anos, é evidente que meu corpo não responde da mesma forma que antes”, reflete. As distensões, além da dor, exigem paciência e adaptação a novas realidades. O que antes era uma simples partida de futebol se transforma em um desafio à saúde e ao bem-estar.
Agora, Rodolfo precisa de apoio para movimentar-se e evitar esforços desnecessários. A vida ativa que levou durante anos, cheia de jogos e atividades físicas, é agora substituída pelo aprendizado sobre limites e autocuidado. “O que me resta é ser prudente e ouvir meu corpo. É uma nova fase”, conclui. Isso nos leva à reflexão de que, por mais que queiramos manter nossa vitalidade, é crucial respeitar os sinais que a idade nos apresenta.