Destaques do Agronegócio Capixaba
O agronegócio do Espírito Santo ganhou visibilidade nacional com a inclusão de quatorze empresas entre as 500 maiores do Brasil, segundo o último ranking divulgado. Entre as gigantes brasileiras, nomes como JBS, Marfrig, Cargill, Ambev, Raízen Energia, Bunge Alimentos, Copersucar, BRF, Cofco International e Suzano figuram no top 10, mostrando a robustez do setor.
No cenário capixaba, a liderança é da Sertrading, que ocupa a 27ª posição geral do ranking. Com atuação no comércio exterior, a empresa apresentou uma receita líquida impressionante de R$ 15,96 bilhões, consolidando-se como a mais bem posicionada do Espírito Santo na lista.
Em seguida, a Fertilizantes Heringer se destaca na 82ª colocação, com um faturamento de R$ 4,6 bilhões. Responsável por operar 12 unidades dedicadas ao armazenamento, mistura e distribuição de fertilizantes, a empresa mantém uma planta industrial em Viana, sendo um dos nomes bilionários do agronegócio local.
História e Inovações em Café
O Grupo Tristão, sediado em Viana, ocupa a 142ª posição, com uma receita de R$ 2,57 bilhões. Com mais de 80 anos de experiência no setor cafeeiro, o grupo abriga marcas renomadas como Realcafé, Tristão Trading e Cafuso, além de ser um dos maiores exportadores de café verde do Brasil. Em 2024, a empresa anunciou um investimento de R$ 20 milhões na construção de uma nova fábrica voltada para cafés especiais.
Outro destaque no setor cafeeiro é a cooperativa Cooabriel, a maior do Brasil na produção de café conilon, que figura na 147ª posição com receita de R$ 2,45 bilhões. Baseada em São Gabriel da Palha, a Cooabriel conta com aproximadamente 9.000 cooperados e tem investido significativamente em armazenagem e modernização de suas operações. Recentemente, a cooperativa anunciou uma fusão com a Coopbac, uma cooperativa de pimenta-do-reino de São Mateus, além de um projeto de cultivo de cacau em parceria com a multinacional Cargill.
Cooperativas e Proteínas Animais
Logo na sequência, a Nater Coop se posiciona na 149ª colocação, com uma receita de R$ 2,44 bilhões. Com sede em Santa Maria de Jetibá, a cooperativa reúne 24 mil cooperados e opera uma rede de 42 lojas agropecuárias em Espírito Santo e Minas Gerais. No segmento de proteína animal, a Frisa, localizada em Colatina, ocupa a 157ª posição, com um faturamento de R$ 2,32 bilhões. A empresa recentemente investiu R$ 55 milhões na modernização de sua unidade em Colatina, aumentando sua capacidade produtiva em 35%, além de manter operações em Minas Gerais e na Bahia, com exportações para diversos mercados.
Comércio Exterior e Bioenergia em Ascensão
O comércio exterior de café também inclui empresas que se destacam no ranking, como a Unicafé, na 178ª posição, com receita de R$ 1,9 bilhão; a Nicchio Sobrinho Café, na 261ª colocação, com R$ 934,7 milhões; e a Realcafé, que ocupa a 333ª posição, com receita de R$ 578,4 milhões. No setor de bioenergia, a Usina Alcon, localizada em Conceição da Barra, aparece na 357ª posição, com receita de R$ 470,8 milhões. A Buaiz Alimentos, especializada na produção de massas e farinhas, é outra presença significativa, ocupando a 387ª colocação com um faturamento de R$ 332,8 milhões.
O ranking também conta com a Kifrango, de Linhares, na 406ª posição, com receita de R$ 279 milhões; a Lasa, atuando na bioenergia, na 464ª posição, com R$ 143,3 milhões; e a Caliman Agrícola, que atua no segmento de frutas, flores e hortaliças, na 481ª posição, com receita de R$ 105,4 milhões.
Essas empresas capixabas não apenas reafirmam a força do agronegócio no Espírito Santo, mas também demonstram a capacidade de inovação e adaptação do setor local, contribuindo significativamente para a economia regional e nacional.
