As Jóias da Olericultura Capixaba
A olericultura se destaca como um dos pilares fundamentais da agricultura no Espírito Santo, com um impressionante faturamento de R$ 2,49 bilhões em 2024. Este desempenho robusto é impulsionado por apenas cinco hortaliças que, juntas, representam 66% da receita gerada pelo setor. Os produtos em destaque são o tomate, gengibre, repolho, chuchu e inhame, que não apenas fazem sucesso no mercado interno, mas também refletem a diversidade e o potencial do cultivo capixaba.
O tomate, líder indiscutível no setor, foi responsável por uma produção de 159,9 mil toneladas em 2024, o que corresponde a 18% do valor total da olericultura no estado. O que torna essa cultura ainda mais interessante é sua distribuição geográfica entre os municípios de Afonso Cláudio, Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá. Essa dispersão ajuda a mitigar os riscos associados a problemas climáticos e flutuações de mercado, tornando a cadeia produtiva mais resistente e estratégica para garantir o abastecimento.
Gengibre: Especialização Regional em Alta
O gengibre se destaca como um exemplo de especialização regional, com uma produção de 77,7 mil toneladas em 2024, o que representa 13% do valor total da olericultura no Espírito Santo. As cidades de Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins são responsáveis por mais de 95% da produção do estado, colocando o Espírito Santo em destaque no cenário nacional e internacional. A organização e padronização da produção têm sido fundamentais para a consolidação do estado como referência neste cultivo, garantindo sua presença no mercado externo.
Repolho: Volume que Impressiona
O repolho se sobressai, especialmente pelo volume de produção, com 205 mil toneladas colhidas em 2024, o que o torna a hortaliça mais produzida no estado, respondendo por 12% da receita do setor. No entanto, essa produção está concentrada, com quase 88% dos cultivos localizados em Santa Maria de Jetibá. Embora essa concentração promova eficiência na produção, ela também traz desafios relacionados à gestão de riscos climáticos e de pragas, que precisam ser cuidadosamente monitorados.
O Chuchu e sua Dominação no Mercado
Já o chuchu apresenta uma concentração produtiva ainda mais acentuada, com 198,1 mil toneladas colhidas em 2024, das quais aproximadamente 97% vêm de Santa Maria de Jetibá. Essa quase totalidade de produção é resultado de um conjunto de fatores, incluindo clima favorável e conhecimento técnico. O município se firmou como uma referência nacional na produção de chuchu, destacando-se pelo seu forte trabalho em equipe entre os produtores.
Inhame: Diversidade na Produção
Por fim, o inhame completa o grupo das cinco hortaliças estrelas, com uma produção de 95,5 mil toneladas em 2024, correspondendo a 11% do valor total da olericultura. A produção está mais distribuída, com Alfredo Chaves liderando, seguido por Laranja da Terra e Marechal Floriano. Essa distribuição geográfica mais ampla é benéfica, pois reduz a dependência de um único polo de produção, contribuindo para a estabilidade do sistema produtivo.
Essas cinco culturas consolidam a força da olericultura no Espírito Santo, evidenciando que a combinação entre especialização e diversidade é a chave para o sucesso do setor. Juntas, elas não apenas sustentam a economia agrícola do estado, mas também reafirmam a importância das hortaliças no contexto econômico capixaba.
